segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Le Petit Nicolas


Esse post eu não poderia deixar de fazer! Nesse domingo de manhã eu fui com a @paaa_h no moviecom arte (quem vai no cinema, num domingo de manhã? eu fui! haha), assistir Le Petit Nicolas. Esse filme francês, do diretor Laurent Tirar, é uma adaptação do famoso livro francês Le Petit Nicolas, da dupla René Goscinny e Jean-Jacques Sempé, criado em 1959.
O filme conta a história do garoto Nicolas que leva uma vida tranquila. Ele é muito amado por seus pais, tem uma turma de amigos com quem se diverte bastante e vive várias aventuras: Agnan, o bom aluno que não pode ser agredido porque usa óculos; Eudes, que não consegue deixar de bater nos outros; Geoffroy, que adora se vestir com fantasias e seu pai é rico; Clotaire, tem dificuldade na escola mas é muito veloz como ciclista; Rufus, o filho do agente da polícia; Alceste, que relaciona tudo a comida. Para ele, nada precisa mudar. Mas um dia, Nicolas surpreende uma conversa entre seus pais que o faz achar que sua mãe está grávida. O menino entra em pânico e já imagina o pior: tão logo nasça um irmão, seus pais deixarão de lhe dar atenção e vão abandoná-lo na floresta como na histórias do Pequeno Polegar, de Perrault.
Minha profª de francês passou o livro para lermos, ainda não terminei de ler, mas sei que tem muitas diferenças se comparado com o filme. Fizeram a adaptação juntando as várias historinhas do livro, o resultado foi muito interessante e bem engraçado, é uma ótima comédia! Na verdade, o filme todo é PERFEITO! O elenco é muito bom: Valérie Lemercier (mãe de Nicolas), Kad Merad (pai de Nicolas), Maxime Godart (Nicolas), Sandrine Kiberlain (profª de Nicolas), François Xavier Demaison (Corujão), Vincent Claude (Alceste), Charles Vaillant (Geoffroy), Victor Carles (Clotaire), Benjamin Averty (Eudes) entre outros. Não posso deixar de comentar que no filme a atuação das crianças é DEMAIS! Como já deu pra perceber, no filme quem mais aparece são os pequenos, e eles merecem todo o destaque, porque me surpreenderam! são uns fofos! E o aúdio em francês é lindo demais!
Para quem ficou com vontade assistir, acho que o único jeito é baxar pela internet. Já procurei o DVD para comprar, mas não achei e acho que não tem em nenhuma locadora, pois chegou no Brasil a pouco tempo. Não vejo a hora que esse filme saia em DVD aqui no Brasil, com certeza comprarei! Nos cinemas, esse filme não está em cartaz, eu dei sorte que a minha profª de francês viu no site da moviecom e nos mandou um e-mail avisando e recomendando que assistissemos. Em todo caso, está recomendadíssimo este filme, espero que assistam e gostem, porque eu AMEI!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

A Menina Que Roubava Livros


Essa semana, minha amiga @paaa_h me perguntou se eu já tinha lido A Menina Que Roubava Livros, a resposta é simples, sim! e esse é um livro que não podia deixar de ser citado aqui no blog. O livro é do autor australiano, Markus Zusak. A história é sobre a garotinha Liesel Meminger, que entre 1939 e 1943, encontrou a Morte três vezes e saiu viva das ocasiões. Impressionada, a própria Morte resolve narrar a história da garotinha.
"Quando a Morte conta uma história, você deve parar para ler."
Liesel teve seu primeiro encontro com a Morte quando viajava com a mãe e o irmão caçula, Werner. Eles estavam indo para a casa dos pais adotivos, pois a mãe temia pela vida deles, não queria que eles sofressem como ela nas mãos dos nazistas. Mas Werner morre no caminho. Nesta ocasião, Liesel se encontra com a Morte e com seu primeiro livro “roubado”, o Manual do Coveiro, que é deixado cair na neve por um dos coveiros que estava sepultando seu irmão. Ela não sabia ler ainda e o livro significava uma ligação com o seu primeiro encontro com a Morte. Depois disso, ela é adotada por um casal alemão, Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona de casa rabugenta. Hans descobre que Liesel tinha um livro e que não sabia ler, então começou a ensiná-la. Houve progressos e mais dois livros, não "roubados", mas sim dados por Hans à garota no natal. Neste meio tempo surge uma personagem muito importante na nossa história, Rudy Steiner, seu melhor amigo, que acompanhou Liesel em seus “roubos” e aventuras - que se tornou o grande amor de sua vida, mas também o namorado que ela nunca teve. O segundo “roubo”, aconteceu de maneira oportunista. Toda a cidade de Molching foi convocada para assistir a fogueria que o III Reich acenderia naquele dia, para queirmar objetos considerados subversivos. A fogueria foi acesa, celebrada e aos poucos deixada, mas Liesel continuou por lá com seu pai por mais um tempo e quando começaram a limpar os restos da fogueira, Liesel viu um livro, O Dar de Ombros que passou a fazer parte de sua coleção, agora de quatro livros. Os outros livros que conseguiu saíram todos da casa do prefeito, da biblioteca de sua esposa - que também se tornou sua melhor amiga, mas que ela demorou a perceber. Outra personagem que faria toda diferença na vida de Liesel entra na trama, o lutador, que na verdade era um judeu cujo pai fora amigo de Hans e ele prometara ajudá-lo. Max Vandenburg ficou dois longos anos morando no porão da casa dos Hubberman. Nesse período ele contribuiu com dois exemplares para a coleção de Liesel: o primeiro livro foi o Vigiador, onde fazia referência a sua vida até então, o segundo foi a Sacudidora de Palavras, onde ele mostra o poder das palavras; este foi concebido a partir da história ocorrida durante um aviso de ataque aéreo. Todos se abrigaram no porão da casa 45 da rua Himmel, que era considerado o mais seguro. Os adultos estavam apreensivos e as crianças choravam. Foi então, que a pedido de Hans, Liesel começou a ler um de seus livros e fez com que as crianças se acalmassem e os adultos relaxassem. Esse último livro foi escondido de Liesel a pedido de Max para que fosse entregue a ela só quando ela estivesse pronta. Antes da entrega houveram dois acontecimentos importantes: Hans ajudou um velho judeu que seguia para o campo de concentração, mas percebeu tarde o problema que havia arrumado, pois ele mesmo tinha um judeu no porão e os nazistas podiam querer revistar sua casa e achar um judeu. Essa situação fez com que os Hubberman mandassem Max embora mesmo com muito pesar. Depois da ida de Max, o pedido de Hans para se filiar ao partido nazista fora aceito e ele destacado para servir na ELS, divisão que limpava áreas atingidas por ataques aéreos. Hans serviu, mas depois de um acidente voltou pra casa. O segundo encontro de Liesel com a Morte se deu logo após um bombardeio numa cidade. Rudy levou sua maleta de ferramentas que usava para facilitar um possível furto e que continha um item no mínimo inusitado, um ursinho de pelúcia. Ao chegarem ao local da fumaça encontraram nos destroços o piloto bem machucado; Rudy se aproximou, colocou o ursinho nos ombros do piloto e recebeu um obrigado, meio murmurado. O piloto morreu logo em seguida. No terceiro encontro com a morte ela foi salva pelas palavras; enquanto a cidade toda dormia, ela estava no porão escrevendo suas histórias, então veio um bombardeio surpresa que matou todas as pessoas da rua Himmel, menos Liesel, que fora salva por estar no porão.

Livros que retratam um pouco a história do nazismo sempre nos fazem pensar (como
O Menino do Pijama Listrado), pois abortam muito os temas: amizade, família, valores morais e também os medos e problemas de se viver nessa época. Mas cada história nos toca de um jeito diferente. Lendo esse "resumo" aqui, dá para se interessar pela história, mas com certeza não dá para imaginar como a trama é totalmente envolvente! Uma palavra que descreva o livro: emocionante, do ínico ao fim. Impossível não chorar horrores no final, mesmo depois que você fecha o livro. Para quem ainda não leu, vale a pena conferir!