quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Beber, Jogar, F@#er

Há algum tempo este post estava como "rascunho", agora tomei vergonha na cara e terminei. Durante as férias, eu li Beber, Jogar, F@#er (A jornada de um homem em busca de diversão na Irlanda, em Las Vegas e na Tailândia), do autor Andrew Gottlieb.O livro conta a história de Bob Sullivan, que tinha uma vida normal e sem graça. Um casamento rotineiro, trabalho decente e um teto para morar. Mas, depois de oito anos de casado, sua mulher lhe traiu e lhe deu um belo chute no traseiro, ele decidiu seguir seu coração, largando o emprego e fazendo uma jornada através de viagens, digamos, "espirituais", em busca da felicidade e da liberdade. A procura da cerveja perfeita (ou do porre glorioso) na Irlanda, alcançar o nirvana em apostas na calorosa Las Vegas e descobrir os prazeres proibidos na Tailândia. Bob Sullivan nos convida a acompanhá-lo em farras homéricas e algumas confusões com que todo homem sempre sonhou, numa jornada que dura um ano.
Beber, Jogar, F@#er é uma espécie de resposta masculina ao livro Comer, Rezar, Amar (ainda não li este), claramente feminino. A príncipio me interessei muito por essa versão masculina, mais por curiosidade mesmo. A minha expectativa era outra, e acabei me decepcionando bastante. O livro é dividido em três partes, a primeira parte (Irlanda), na minha opinião, foi a melhor! É a parte em que Sullivan passa pela "trilha do whisky" e onde acontece situações engraçadas: 
"De qualquer forma, estou no bar e anoite se arrasta como um estegossauro pego em asfalto derretido. E então vem o momento no qual eu e a Giovanna percebemos que isto está funcionando perfeitamente e que nos beijarmos provavelmente não seja uma ideia tão ruim assim. Percebemos isto exatamente na mesma hora - podemos ver isso nos olhos vidrados um do outro, olhos que rapidamente iam perdendo a habilidade de manter o foco. Infelizmente, nós nos movemos em direção ao outro para nos beijarmos exatamente no mesmo momento. E foi aí que eu, acidentalmente, dei uma cabeçada nela e quebrei o seu nariz." 
"Quebrar o nariz enquanto enche a cara não é uma emergência lá, é apenas normal."
A segunda parte (Las Vegas), foi a parte que mais me decepcionou! Sempre "idealizei" Las Vegas, e o livro não mostra nada inusitado dessa famosa cidade. Seria bastante clichê, mas eu esperava que o Elvis Presley celebrasse um casamento do Sullivan bêbado. Seria bem mais interessante e engraçado do que o que é relatado no livro. Na terceira parte (Tailândia), não me surpreendi com a falta de "aventuras" e descrição, já tinha me decepcionado o suficiente na parte de Las Vegas. A segunda e a terceira parte são totalmente monótonas.
Se você espera ler as tais farras e aventuras homéricas, desista! O livro é bem mais reflexivo do que descritivo. Mas, se você ainda quiser ler esta história, eu garanto que a filosofia do livro é muito boa! Bob Sullivan sai nessa jornada, passando por três lugares diferentes, durante um ano, procurando a bebedeira perfeita na Irlanda, o jogo perfeito em Las Vegas e o sexo perfeito na Tailândia, mas no fundo, o que ele procura mesmo é a si próprio. No final, o importante foi ele encontrar a felicidade em uma coisa simples, no amor.

0 comentários:

Postar um comentário